Painel CTS |
Os Estudos CTS em nossas práticas de pesquisa, ensino e extensão |
14/10/15, quarta-feira, de 16:30 às 18:00h - Auditório do CCMN - Roxinho |
Os quadros abaixo apresentam (nesta ordem):
- Nome do Grupo de Pesquisa a se apresentar;
- Título da apresentação no Painel;
- Nome do/a porta-voz do Grupo no Painel;
- Filiação principal do Grupo de Pesquisa (a instituição de pertencimento da maioria de seus membros);
- Breve apresentação do Grupo;
- Contato (quando houver).
1. Contribuição da Antropologia das
Ciências e das Técnicas para a Educação e a formação de
pesquisadores
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As ciência ambientais têm "dono"? O
pensamento enquanto problema em diferentes tipos de saberes sobre
a realidade.
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Fátima Branquinho
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UERJ - Universidade do Estado do Rio de
Janeiro
|
Trata-se
de um grupo que estuda a constituição do campo das ciências
ambientais como campo politico de produção de verdades à luz da
teoria ator-rede com base na etnografia de objetos técnicos e
cientificos. A importância da introdução do campo ciências
ambientais na pós-graduação, em 2011, consta no relatório de
Avaliação Trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (CAPES). Segundo o documento
(2010-2012), a introdução "decorreu da necessidade de se dar
conta da complexidade dos problemas ambientais, face à
indissociabilidade entre sistemas antrópicos e naturais que
emergem no mundo contemporâneo, muitas vezes decorrentes do
próprio avanço dos conhecimentos científicos e tecnológicos,
baseados em uma construção do saber notadamente disciplinar".
Há, assim, um chamado acadêmico para produção de formas de
conhecer que busquem "diálogos não só entre disciplinas
próximas, dentro da mesma área do conhecimento, mas entre
disciplinas de ciências diferentes, bem como com outras formas de
saberes, oriundos de culturas heterogêneas". Nosso objetivo é
investigar o modo como as ciências ambientais têm assumido o
problema da construção do conhecimento sobre a realidade a
partir da reunião de trabalhos desse campo, depoimentos, imagens
e produções artísticas que adotaram um caminho para enfrentar o
desafio de superar abismos dualistas: natureza/cultura,
racional/sensível, fatos/valores, conceitos/contextos, saberes
populares/científicos.... Interessa-nos saber o que acontece no
encontro entre pesquisas dos cientistas "naturais" e "sociais"
que constituem o campo das ciências ambientais: Quais questões
são colocadas? Como é formulada a interdisciplinaridade? Objetos
de estudo originais tornam-se eles próprios laboratórios? Como
cada um deles "faz-fazer"? Qual relação se estabelece com a
produção da realidade concreta e da arte? Tal qual apresentado
na "Carta de Curitiba - Por uma democratização da Ciência e
da Tecnologia", acreditamos na produção de conhecimento e
desenvolvimento "ambientalmente sustentável e contraposto à
insustentabilidade provocada pelo capital", desde que isso
produza uma reflexão sobre a constituição do campo das ciências
ambientais e na formação de novos pesquisadores.
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2. Laboratório de Antropologia da Ciência
e da Técnica (LACT)
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O LACT no contexto da antropologia da ciência
no Brasil.
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Guilherme Sá
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Universidade de Brasília
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O
LACT tem como objetivos congregar pesquisadores e estudantes no
debate e na reflexão a respeito de situações empíricas, idéias
e autores, constituindo assim um ambiente de fomento e de
exposição de pesquisas. Nesse sentido, dois pontos são
fundamentais. O primeiro deles é considerar de forma mais detida
a articulação dos estudos sobre a ciência e a técnica de modo
geral com os aspectos próprios à teoria antropológica. Além
disso, na proposta do laboratório tem grande relevância a
abordagem etnográfica da ciência e da técnica, o que se
desdobra numa discussão a respeito do estatuto e das
particularidades da etnografia frente a tais temas. Do ponto de
vista temático, o enfoque está na relação entre humanos e não
humanos. Nesse marco, destacam-se os seguintes tópicos: práticas
científicas; processos técnicos; relações entre humanos e
animais; análise de controvérsias; construção de corpos e
intersubjetividade; relações entre naturezas e culturas.
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3. Práticas científicas, organização do
trabalho e produção do conhecimento em Saúde
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Internacionalização, regulamentação e novas
práticas e espaços de produção de ciência: panoramas da
pesquisa biomédica no Brasil contemporâneo
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Márcia de Oliveira Teixeira
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Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/
Fundação Oswaldo Cruz/MS
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O
objetivo desta apresentação é fazer uma síntese dos interesses
e do conjunto de trabalhos investigativos desenvolvidos pelo grupo
nos últimos 5 anos. Todos compartilham o cunho qualitativo e
socioantropológico e um mesmo conjunto de preocupações.
A
pesquisa em biomedicina passa por um complexo, intenso, contínuo
e, sobretudo, inconcluso processo de transformação
sociotécnica.É um movimento simultaneamente conceitual,
tecnológico e organizacional. Ele é marcado, entre outros
aspectos por mudanças produzidas por novas áreas como a
bioinformática e a nanobiotecnologia e nas práticas
sociopolíticas pela propagação de um modelo de produção de
conhecimento científico comprometido com a inovação industrial
e a competitividade da economia sob a égide de mercados
globalizados.
Em
linhas muito gerais os efeitos são o aumento da produtividade da
pesquisa; a indução a temas e objetos de pesquisa com forte
potencial econômico; a construção de agendas nacionais de
pesquisa, referenciadas em agendas produzidas pelos organismos
internacionais; além de uma crescente penetração da lógica da
gestão industrial nas instituições de pesquisa acadêmica.
Tratar-se, por conseguinte, do modelo de produção da pesquisa
científica no âmbito das relações sociais do capitalismo
financeiro. Embora mundial os impactos desse modelo e sua
capacidade de transformar as relações sociotécnicas locais são
desiguais, sobretudo em países capitalistas periféricos.
No
ambiente de pesquisa brasileiro os efeitos mais concretos foram
sentidos no final do século XX. Interessa especificamente
compreender como no interior dos laboratórios de pesquisa esses
(micro)processos são (co)produzidos gerando implicações na
infraestrutura de pesquisa, na formação de pesquisadores e
técnicos, nas estratégias (individuais e coletivas) construídas
e operadas em diferentes situações, no repertorio de
conhecimentos necessários para trabalhar, no tipo de pesquisa
realizada e como ela é difundida, bem como da dinâmica de poder
no interior dos laboratórios e instituições. O ponto é
capturar as pequenas e grandes mudanças nas condições
sociotécnicas em que se realiza a pesquisa.
Consideramos
que esse tipo de investigação contribui com aanálise do
processo de internacionalização contemporâneo da pesquisa
científica, para o qual contribuem tanto abordagens circulantes
nos ESCT, como também pelos Estudos Culturais.
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4. NECSO - Núcleo de Estudos de
Ciência&Tecnologia&Sociedade
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Palavras Cruzadas em CTS: indissociáveis,
ubíquas, irreversíveis, invisíveis, similares, legítimas,
fronteiriças, convergentes, naturais, essenciais, universais,
coletivas, incluídas, legais, éticas, locais, assimétricas,
periféricas, marginais, etc.
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Eduardo Nazareth Paiva
|
Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
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Se
temos as ferramentas que nos permitem mostrar que o conhecimento
científico & tecnológico resulta de uma atividade coletiva,
e não é mau, nem bom, e sobretudo não é neutro, que podemos
fazer com estas ferramentas?
Como
podemos fortalecer os fatos que criamos? Como identificar novos
aliados e reconhecer os testes de força que mostrarão os limites
de nossas alianças, a robustez dos fatos (ou seja, do
conhecimento) que criamos?
Poderíamos
reivindicar "cientificidade" para o conhecimento que criamos?
Por um lado, ele é científico porque sua construção guarda
similaridades e exigências que remetem a práticas consagradas na
construção dos conhecimentos científicos. Por outro lado, assim
como torna relativa e muda a ontologia da verdade científica, o
caráter da cientificidade, o conhecimento que criamos também
relativiza suas próprias verdades. De onde, então, poderá vir
sua legitimidade e sua força? Aqui está uma porta filosófica
que nos leva ao global e ao diálogo internacional. E
especialmente aqui devemos, parece-me, frequentar os mesmos
espaços e tempos (problemas) e nos ombrear com nossos colegas da
comunidade de Estudos de Ciência & Tecnologia e Sociedade
(STS - Science and Technology Studies ou Science, Technology,
Society) mundo afora.
Além
disto, já sabemos que a divisão natureza-sociedade não é algo
preexistente mas resulta de um arranjo historicamente construído
por grupos de entidades (humanos, animais, vegetais, minerais,
conceitos!, nomes!) que compartilha espaço e tempo em permanentes
ajustes (negociações). Neste processo de negociação
conformam-se arranjos, fronteiras e territórios, classificações
que provisionalmente dão forma às próprias entidades. A
modernidade pretendeu estabelecer que alguns arranjos valem para
todos os grupos e incumbiu a ciência (moderna) de descobri-los.
Como as entidades em sua radical indeterminação não validam
voluntária e generalizadamente os arranjos que a ciência moderna
aponta como universalmente válidos (verdadeiros), entra em cena
um processo disciplinar (muito grosseiramente, o laboratório para
as coisas e os animais; a escola, os hospitais e as prisões para
os humanos - Foucault). Mas a distribuição mundo afora dos
arranjos ditos universais, essencializados e naturalizados, produz
e reproduz as distribuições de papéis, de facilidades e de
dificuldades para as entidades (actantes, individuais ou
coletivos) criando algumas diferenças e não outras dentre
infinitas outras (por exemplo, o universo a partir do big-bang, as
características da vida determinadas pelos genes, a propensão ao
comércio -barterand trade- nos humanos, a divisão entre o
público e o privado na sociedade, a democracia tipo ocidental
como um regime político). E é aí que o conflito entre ciência
e política expressa sua complexidade. E aí temos um trabalho
local, especificamente nosso, uma vez que as categorias ditas
universais disciplinarmente implantadas geram distribuições
assimétricas entre terceiro e primeiro mundo, brancos e negros,
homens e mulheres, etc. É aqui que plantamos uma base local de
onde saímos para nossas incursões globais.
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5. Psicologia e produção de
subjetividades: As redes sociotécnicas constituintes das práticas
psicológicas
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Dispositivos psi, redes sócio-técnicas e
produção de subjetividade
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Arthur Arruda Leal Ferreira
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Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ
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O
objetivo deste grupo é estudar algumas práticas psicológicas em
distintos arranjos locais, notadamente na comparação de sua
disseminação em países latino-americanos e os ditos
"periféricos" na produção de conhecimentos e técnicas
psicológicas. Não tomamos conhecimentos e técnicas psicológicas
a partir das fronteiras pré-estabelecidas, mas buscando tornar
porosas as delimitações entre o que é pensado como específico
das competências profissionais e epistêmicas da psicologia e um
conjunto de conhecimentos e práticas vizinhas, que podem por
vezes ter posições assimétricas ou não reconhecidas. Assim,
dentro de um princípio de simetria podem ser considerados, por
exemplo, estudos e práticas denominadas neurocientíficas,
psiquiátricas, psicofarmacológicas, etológicas, de gestão,
reabilitação auto-ajuda, enhancement e meditação. A análise
aqui proposta não envolve a avaliação destas práticas em torno
de sua eficiência ou ideologia como tradicionalmente é feito,
mas dentro de uma rede sócio-técnica ao modo dos recentes
Estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). Assim a
expectativa desta abordagem é, não apenas descrever as múltiplas
condições históricas seu surgimento (em geral acopladas a uma
orientação forte no campo psicológico, e oriundas de uma das
regiões centrais na produção de conhecimento), como igualmente
seus modos de tradução e disseminação locais, as formas como
circunscrevem comunidades técnico-científicas em tornos destas
técnicas, o modo como arregimentam interesses institucionais, e
os meios com que se relacionam com seus pesquisados, clientes e
pacientes, produzindo ao fim uma "cultura local", com efeitos
coletivos e subjetivantes. É importante destacar que estamos em
processo de articulação de grupos de pesquisa ibero-americanos.
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6. GEICT - Grupo de Estudos
Interdisciplinares em Ciência e Tecnologia
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Estudando qualitativamente/etnograficamente a
C&T
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Marko Monteiro
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UNICAMP, Departamento de Política Científica
e Tecnológica, Instituto de Geociências
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O
Grupo de Estudos Interdisciplinares em Ciência e Tecnologia -
GEICT - reúne pesquisadores interessados em aplicar ferramentas
teórico-metodológicas das Ciências Sociais e áreas correlatas
(Antropologia, Sociologia, História, Comunicação, etc.) para a
compreensão de fenômenos ligados à ciência e à tecnologia
(C&T) na sociedade contemporânea. Os interesses de pesquisa
do grupo abrangem temas como: controvérsias sóciotécnicas e sua
rentabilidade para pensar a governança da ciência e da
tecnologia; práticas de comunicação e divulgação científicas;
meio ambiente e C&T; biomedicina e C&T; os estudos
feministas de ciência e tecnologia; culturas visuais na ciência;
diálogos entre metodologias históricas e etnográficas para a
análise de temas ligados à C&T; práticas de formulação e
aplicação de políticas científicas em âmbito estatal e
não-estatal; práticas de produção de conhecimento científico
e de tecnologias. O grupo se preocupa em analisar tanto os
processos pelos quais as ciências e as tecnologias são
produzidas, quanto a forma pela qual a C&T interagem na esfera
pública, em processos de comunicação (dentro e fora da ciência
stritu sensu) e para pensar formas de governança. O grupo faz uso
de uma diversidade de ferramentas teórico-metodológicas,
incluindo mas não restritos a: antropologia e sociologia da C&T;
Teoria Ator-Rede; História; teorias da comunicação; abordagens
etnográficas e pesquisas etnometodológicas. Acreditamos que a
interdisciplinaridade seja indispensável para dar conta dos
desafios de pensar a miríade de fenômenos e âmbitos nos quais a
C&T tenha um papel central, uma das marcas do momento
contemporâneo. Além disso, nosso foco qualitativo permite
enfocar problemas de maneira a não perder a complexidade de
variáveis implicadas nas formas pelas quais a C&T participa
da construção do mundo.
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Site/blog:
https://geict.wordpress.com/
Facebook:
https://www.facebook.com/ggeict
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7. Laboratório de pesquisas em interações
sociotecnicoambientais (LISTA)
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Sujeitos, redes sociotécnicas e ecossistemas
em interação
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Renzo Romano Taddei
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Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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O
Laboratório de Pesquisas em Interações Sociotecnicoambientais
(LISTA) é parte do Departamento de Ciências do Mar da
Universidade Federal de São Paulo. Está sediado no campus
Baixada Santista, e nasceu associado ao eixo Sociedade e Mar do
Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar.
Congrega professores e pesquisadores da Universidade Federal de
São Paulo e de outras instituições (como a Universidade Federal
do ABC e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) que
se dedicam aos estudos sociais da ciência e da tecnologia, e aos
estudos de filosofia e história das técnicas e das ciências.
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8. Grupo de pesquisa em Tecnologia e
Sociedade
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Sobre o Grupo de pesquisa em Tecnologia e
Sociedade do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
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Nilda Nazaré Pereira Oliveira
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Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)
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O
objetivo do grupo é problematizar as interações entre
tecnologia e sociedade. Seu ponto de partida são os interesses de
pesquisa dos professores do Departamento de Humanidades do ITA,
que buscam desenvolver e utilizar concepções teóricas e
metodológicas abarcando diferentes áreas do conhecimento,
incluindo aportes transdisciplinares para a pesquisa e o ensino.
Os mesmos são responsáveis pela disciplina Tecnologia e
Sociedade, obrigatória para os cursos de Engenharia da
instituição.
As
pesquisas do grupo têm resultado em publicações de capítulos
de livros (inter)nacionais, artigos em periódicos e em anais;
apresentações em eventos (inter)nacionais; e orientações de
pesquisas. Entre as pesquisas desenvolvidas podemos destacar:
"História Oral envolvendo os protagonistas da criação da
grande indústria aeronáutica brasileira"; "Usos de
aparelhos celulares, subjetividades e desigualdades sociais";
"Access toGeneticRessourcesandBenefitSharing Law andPraxis in
Brazil, GermanyandKenya"; "Ferramentas computacionais em
um desenho de curso de língua inglesa"; "Riscos e
regulação de plantas transgênicas"; "A influência do
modelo institucional do ITA na Reforma Universitária Brasileira";
"A tecnologia do cinema na construção da educação e
cidadania"; "Mulheres, Engenharia e militarismo: cinco
décadas de espera para o ingresso das mulheres no ITA", entre
outros.
Como
extensão o grupo vem organizando seminários temáticos com
pesquisadores de diferentes instituições; interage com o
D-Lab/MIT em projetos de impacto em comunidades carentes no Brasil
e exterior integrando ensino e extensão na área de Tecnologia
social.
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9. Núcleo de Estudos de Ciência,
Tecnologia, Sociedade e Ambiente
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Meio Ambiente, Energia, Mudanças Climáticas e
Sustentabilidade
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Ana Lúcia Lage
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UFBA - Universidade Federal da Bahia
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Grupo
de pesquisa em rede multi-institucional e multidisciplinar,
formado por pesquisadores da Bahia filiados a diversas
instituições (UFBA, UFRB, UNIJORGE, CREA-BA), ligados aos
estudos de meio ambiente, energia e sustentabilidade, que têm
como propósito a criação de um Núcleo de Estudos de Ciência,
Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA), e o desenvolvimento de
estratégias e ações integradas de ensino, pesquisa e extensão,
em perspectiva sócio-técnico-ecológica e
inter/transdisciplinar. A área de Estudos CTSA enfoca os
aspectos sociotécnicos envolvidos em desenvolvimentos científicos
e tecnológicos, atenta para a pluralidade das culturas
científicas e de suas práticas situadas, para o envolvimento de
políticas, dispositivos, instituições e coletivos nessas
produções, para os seus aspectos controversos, suas implicações
ético-políticas e seus impactos sócio-ambientais. Ao tempo em
que se ocupa da comunicação pública da ciência, do acolhimento
de saberes de comunidades tradicionais e da participação de
cidadãos e comunidades nas decisões sobre desenvolvimentos
científicos e tecnológicos que tenham impacto social e
ambiental, nos contextos local/regional/nacional e global. A
recente formação do grupo foi catalisada pela realização do
Ciclo de Palestras "Meio Ambiente, Energia, Mudanças
Climáticas e Desenvolvimento Sustentável", que visa envolver a
comunidade do IHAC/UFBA e público ampliado nas discussões que
envolvem a preparação mundial para as conferências da
Organização das Nações Unidas, que em 2015 buscam acordos
globais em torno dos novos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (2016-2030) e do estabelecimento de um novo protocolo
climático, que venha a substituir o Protocolo de Kioto, na COP21,
em Paris
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10. Grupo de Pesquisa e Estudos
Interdisciplinares Tecnologia e Sociedade
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Desafios da interdisciplinaridade Tecnologia e
Sociedade nas práticas sociais
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Edson Jacinski
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná -
campus Ponta Grossa
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O
Grupo de Pesquisa e Estudos Interdisciplinares Tecnologia e
Sociedade constituiu-seem meados de 2012, reunindo pesquisadores
da Universidade Tecnológica Federal do PR - Câmpus Ponta
Grossa - de diferentes áreas do conhecimento tais como Ciências
Naturais, Ciências Exatas, Ciências Humanas, Ciências Sociais,
Ciências da Linguagem,Engenharia e Tecnologias. A questão
central que permeia as atividades do Grupo é o desafio
relacionado às relações entre Ciências,
Tecnologias e
Sociedade. Tais problemas envolvem diferentes faces que estão
visibilizadas em três linhas de pesquisa: Tecnologia
e Estudos Históricos e Culturais; Tecnologia, Educação,
Interdisciplinaridade; Tecnologia, Sustentabilidade e Inclusão
Social. A primeira linha remete à avaliação das realidades
sociais no marco do desenvolvimento tecnológico e das
desigualdades sociais. A segunda intenta pesquisar a construção
da interdisciplinaridade enquanto prática curricular que
possibilite uma formação discente integral, contemplando a
interação entre aspectos sociais, técnicos, políticos e
culturais. A terceira compreende a sustentabilidade e a inclusão
como integridade ecológica e a plena justiça social, colocando
em discussão o atual modelo de desenvolvimento e pressupondo a
democratização das decisões político-tecnológicas no seio da
sociedade. O Grupo desenvolve suas atividades por meio de debates
e eventos acadêmicos, além do esforço de articulação com
outros coletivos de pesquisa relacionados ao campo dos Estudos
Sociais de Ciência Tecnologia e Sociedade. As principais
temáticas debatidas são: Crise das Ciências
,Interdisciplinaridade, Tecnologia Social, Estudos de Gênero e
Tecnologia. Além disso, os pesquisadores desenvolvem projetos de
ensino, pesquisa e extensão cujas temáticas traduzam
metodologias e ações que repercutam nas atividades
institucionais e promovam diálogos e parcerias com atores locais
que contribuam para processos sociais e tecnológicos mais
participativos, sustentáveis e democráticos.
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11. Grupo de Estudos em CTS, Educação e
Conhecimento Humano
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CTS, educação e conhecimento humano
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Cristhiane Carneiro Cunha Flôr
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Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Trata-se
de um grupo que se organiza em torno de uma disciplina de um
programa de pós-graduação em educação e desenvolve ações de
ensino, pesquisa e extensão voltadas para problematizar as
diferentes visões CTS e suas articulações com a educação, no
sentido de uma compreensão do mundo contemporâneo e das questões
que norteiam o conhecimento e o desenvolvimento humano. Entendemos
que uma abordagem CTS extensiva requer mudanças significativas
nos moldes educacionais atuais e vemos possibilidades mais
factíveis em disciplinas de pós-graduação, por apresentarem
maior abertura para flexibilização curricular. A disciplina em
questão é proposta e ministrada por dois professores, das áreas
de ensino de física e de química, que compartilham
simultaneamente o mesmo espaço educativo, e é ofertada
anualmente, com carga horária 45h, dividida em cinco eixos
principais de discussão: Visões de ciências e de mundo; As
revoluções industrial e tecnológica; O modelo capitalista e a
sociedade de consumo; O movimento CTS; O enfoque CTS na educação.
As aulas são registradas em diários de bordo elaborados pelos
estudantes, que relatam as discussões e impressões sobre os
temas abordados. Ao final de cada período letivo esses diários
são organizados em um livro resumo da disciplina, que constitui
nossa principal fonte de dados. Ao longo dos anos temos observado
que a pluralidade e a diversidade constitutivas dos estudantes que
frequentam a disciplina promovem desdobramentos diferenciados na
condução da mesma, permitindo a adoção de múltiplos
dispositivos na composição de saberes que permeiam as relações
entre conhecimento humano e CTS.
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Email:nec.faced@ufjf.edu.br
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12. Núcleo de Informação em Ciência,
Tecnologia, Inovação e Sociedade (NICTIS)
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O NICTIS e sua atuação
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Marcos Alberto Martinelli
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Universidade Federal de São Carlos
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O
Núcleo de Informação em Ciência, Tecnologia, Inovação e
Sociedade (NICTIS) atua na pesquisa multidisciplinar envolvendo
gestão da informação e do conhecimento, gestão organizacional,
desenvolvimento regional, prospecção e monitoramento
tecnológico, inteligência competitiva, suas metodologias,
ferramentas e aplicações para suporte ao desenvolvimento de
organizações públicas e privadas. O propósito é compreender
melhor como utilizar as informações para aproveitar as
oportunidades e superar os desafios presentes e futuros das
organizações e da sociedade, bem como para a condução de
melhores decisões, visando a competitividade e ao fortalecimento
das políticas públicas em ciência, tecnologia e inovação.
Como eixo central das pesquisas, são realizados estudos sobre a
produção, acesso, coleta, tratamento, análise e disseminação
de informação e conhecimento. As linhas de pesquisa abrangem:
Desenvolvimento regional e local, Gestão da informação e do
conhecimento, Gestão de competências, Inteligência competitiva,
Prospecção e monitoramento tecnológico. O grupo participa de
atividades do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia
e Sociedade (PPGCTS) e também colabora com as atividades do
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais
(PPGCEM) da UFSCar, além de outros. Ministra cursos e oficinas de
curta duração, planeja e realiza eventos técnico-científicos.
Mantém parcerias com pesquisadores de instituições Nacionais e
Internacionais. O NICTIS possui 24 pesquisadores, sendo 6
doutores, 7 doutorandos, 1 pesquisador estrangeiro, 2 mestrandos,
1 técnico e 7 outros de iniciação científica, especialização
e parceiros externos. O ano de formação do grupo foi em 2009,
sendo seu líder profa. Wanda Aparecida Machado Hoffmann; Área
predominante: Ciências Sociais Aplicadas; Ciência da Informação.
Mantém parcerias com pesquisadores de instituições como UFAM -
Universidade Federal do Amazonas, FATEC - Faculdade de Tecnologia
de Jahu, EMBRAPA, CGEE - Centro de Gestão e Estudos Estratégicos,
IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São
Paulo, UNESP (Marilia), dentre outros. Tem também realizado
trabalhos com organizações Abicalçados, Sindicalçados,
Parqtec-São Carlos, Prefeitura de São Carlos e de Araraquara,
ABM-Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia Sociedade Brasileira de Gestão
do Conhecimento dentre outras.
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13. DiCiTE - Discursos da Ciência e da
Tecnologia na Educação
|
Articulações entre os Estudos CTS e a
Educação CTS nas atividades do DiCiTE
|
Raquel Folmer Corrêa
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Universidade Federal de Santa Catarina
|
Em
março de 2004, pesquisadores de diferentes áreas disciplinares
da Universidade Federal de Santa Catarina, reconhecendo a
necessidade de aprofundar questões relacionadas à educação e
linguagem no ensino de ciências e tecnologias face aos novos
entendimentos das relações entre ciência, tecnologia e
sociedade, criam um Grupo de Estudos e Pesquisas de caráter
interdisciplinar que recebeu o acrônimo DiCiTE (Discursos da
Ciência e da Tecnologia na Educação), ligado ao Programa de
Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica. A
partir de 2005, percebendo a proximidade de problemas e temáticas
entre países da América Latina, e a necessidade de uma abordagem
mais crítica de CTS no campo educacional, o grupo aproxima-se dos
Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia (ECTS), em especial
dos ECTS latino-americanos, desencadeando um processo de
articulação entre os campos (da Educação e dos Estudos CTS),
buscando aprofundamento crítico do conhecimento de/sobre ciências
e tecnologias. A partir de 2009, em decorrência da participação
de pesquisadores do DiCiTE na coordenação acadêmica do programa
brasileiro de cooperação educacional com o Timor-Leste, as
preocupações e temas de pesquisa em Educação CTS passam também
a considerar sociedades e culturas da Ásia e da África, em um
universo multicultural e plurilíngue. Nesse sentido, incorpora-se
às pesquisas os estudos de política linguística e
interculturalidade, as abordagens das Epistemologias do Sul e dos
estudos de Colonialidade do saber/poder como subsídios ao
tratamento de aspectos mais específicos das relações de
saber/poder, para a construção de compreensões alargadas das
diferenças socioculturais, étnicas e de gênero que podem
contribuir para uma educação científica e tecnológica mais
condizente com as especificidades e interesses locais e regionais
desses países, assim como para os Estudos CTS.
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14. Laboratório de Estudos e Divulgação
de Ciência, Tecnologia e Inovação Social (LaDCIS)
|
A construção de um debate público sobre a
ciência, tecnologia e inovação no Brasil: instrumentos
|
Maíra Baumgarten
|
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
|
O
Laboratório de Estudos e Divulgação de Ciência, Tecnologia e
Inovação Social (LaDCIS) foi criado em 2007 associado ao CEDCIS,
grupo que existia desde 2006, e que foi substituído pelo LaDCIS.
O LaDCIS (PPGS/UFRGS) vem atuando como um instrumento no processo
de construção de mediações entre as instâncias de produção
científica e a sociedade, condição imprescindível para a
ampliação de possibilidades científicas e tecnológicas na
sociedade brasileira e para a sustentabilidade social do país. O
laboratório foi gestado para trabalhar com pesquisas no âmbito
da ciência, tecnologia e inovação (CTI): produção de
conhecimentos e tecnologias, políticas de CTI e com atividades de
divulgação de CTI e construção de debate público sobre o tema
da produção e apropriação de conhecimentos. Também
trabalhamos com estudos que viabilizem e facilitem a execução
dessas atividades e promovam um maior conhecimento das relações
entre ciência, tecnologia e sociedade, reunindo pesquisadores de
diversas áreas do conhecimento, possibilitando o desenvolvimento
de atividades interdisciplinares e transdisciplinares.
Desenvolvemos estudos sobre repercussões sociais da pesquisa e
políticas de ciência e tecnologia, articulados às questões de
desenvolvimento e sustentabilidade e criamos o Observatório de
Ciência, Tecnologia e Inovação Social, associado ao
laboratório. Trabalhamos, também, com estudos prospectivos sobre
necessidades nacionais, regionais e locais de ciência, tecnologia
e inovação e tecnologias sociais, desenvolvendo parcerias com
pesquisadores e laboratórios de outras universidades nacionais e
internacionais e com a SBPC buscando a formação de redes de
pesquisadores e instituições para a divulgação de CTI,
buscando apoiar as possibilidades de ampliação de um debate
público sobre os temas da ciência, tecnologia e inovação.
|
Facebook:
https://www.facebook.com/LaDCIS?fref=ts
|
15. Grupo de Pesquisa em Formação e
Qualificação Profissional - FORQUAP
|
O FORQUAP no contexto dos estudos e pesquisas
sobre o mundo do trabalho
|
Raquel Quirino
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Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais - CEFET-MG
|
O
Grupo de Formação e Qualificação Profissional - FORQUAP foi
constituído em 2005, simultaneamente com a aprovação do
Mestrado em Educação Tecnológica. Foi precedido pelo Grupo em
Educação Tecnológica, hoje já desativado, que congregava os
mestrandos em suas várias linhas de pesquisa. O FORQUAP tem dois
grandes objetivos: estudo e pesquisa.
Quanto
aos estudos, tem privilegiado temas referentes à formação e
qualificação profissional na relação Trabalho-Educação nas
áreas de Sociologia do Trabalho, Filosofia, Psicologia, Pedagogia
e Educação, entre outras. Contempla reflexões ligadas à
educação formal e continuada do/a trabalhador/a buscando a
dialética entre o mundo do trabalho e a academia. Tem como
principal objetivo estudar os tipos de profissionais demandados
pelo mundo do trabalho, além de proceder a uma análise
comparativa da atuação e posição ocupacional dos/as
profissionais em relação às novas tecnologias, processos
organizacionais de trabalho e da produção flexível, mapear as
novas habilitações, competências e qualificações exigidas
dos/as trabalhadores/as no setor produtivo, levando-se em
consideração as relações sociais de gênero e diversidades.
Quanto
à pesquisa, os objetos definidos vão ao encontro de temáticas
das relações sociais produtivas, com ênfase na formação e
qualificação profissionais, na lógica de competências e nas
relações sociais de gênero no mundo do trabalho. Os projetos
desenvolvidos e, em desenvolvimento, possuem foco na investigação
das transformações do trabalho pelas contínuas reestruturações
capitalistas, bem como das competências dos trabalhadores/as para
responderem com efetividade científico-tecnológica as demandas
profissionais com consciência crítica e reflexiva.
Os
componentes do FORQUAP são pesquisadores/as de diversas
instituições: professores/as doutores/as, doutorandos, mestres e
mestrandos/as, estudantes de iniciação científica,
profissionais de empresas que possuem, em seus estudos e
investigações, a problematização da educação profissional
técnica e tecnológica em suas variadas categorias: atuação com
a Ciência & Tecnologia, relações sociais de gênero, o
desenvolvimento político econômico e social, as inovações
tecnológicas, a formação dos/as profissionais técnicos,
tecnólogos/as e engenheiros/as, entre outras. Seus Projetos de
pesquisa têm recebido apoio das principais agências de fomento à
investigação do país: FAPEMIG, CNPQ, CAPES e pelo Departamento
de Pesquisa e Pós-Graduação do CEFET-MG (por meio de seus
editais internos) o que demonstra a qualidade de seus projetos.
Conta
hoje com a coordenação da Professora Doutora Raquel Quirino e
Vice Coordenação da Professora Doutora Adriana Maria Tonini, que
coordenam, respectivamente, as duas linhas de investigação:
"Relações de Gênero na Ciência, Tecnologia e Inovação
(CT&I), no Mundo do Trabalho e na Educação Profissional e
Tecnológica" e "A Lógica de Competências no Mundo do
Trabalho e na Educação Profissional e Tecnológica".
Atualmente desenvolve duas pesquisas, sendo: "Mobilidade
Acadêmica dos estudantes de graduação por meio do Programa
Ciência sem Fronteiras" e a pesquisa interinstitucional e
intergrupal: "Relações Sociais de Gênero na CT&I, no
Mundo do Trabalho e na Educação Profissional e Tecnológica",
financiada pela FAPEMIG e pelo CEFET-MG e desenvolvida por
pesquisadores do CEFET-MG, vinculados aos Mestrados em Educação
Tecnológica, Engenharia de Computação e Administração; da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); da Universidade
Estadual de Minas Gerais (UEMG) e do Instituto Federal de Ciência
e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG).
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Site:
www.forquap.cefetmg.br
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16.Estudos Sociais da Tecnologia e Expertise
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Pesquisa e Intervenção nos Estudos da
Tecnologia e da Expertise
|
Rodrigo Ribeiro
|
Universidade Federal de Minas Gerais
|
O
grupo de pesquisa Estudos
Sociais da Tecnologia e Expertise (ESTE)
tem como objetivo desenvolver pesquisas teóricas e de intervenção
em torno da noção de sistemas de produção sociotécnicos,
abordando problemas e questões tradicionais da Engenharia de
Produção em uma perspectiva de indissociabilidade entre
dimensões sociais, tecnológicas, organizacionais e ambientais.
Duas noções fundamentais perpassam a proposta de melhor
compreender os fenômenos da produção e da eficiência das
organizações: o papel estratégico do conhecimento e da
experiência e o reconhecimento de que estes são inseparáveis
das práticas que os produzem e do seu entorno. Da perspectiva
prática, observa-se, por exemplo, uma demanda crescente por
metodologias e modelos de organização capazes de promover o
desenvolvimento dos seguintes tópicos:
transferência/desenvolvimento de conhecimento tácito,
comunidades de aprendizagem, gestão participativa, gestão de
segurança integrada, análise de políticas ambientais, modelos
de competências, aprendizagem em alternância, entre outros. Da
perspectiva acadêmica, esse movimento motivou pesquisas teóricas
e novos arranjos metodológicos, desenvolvidos por docentes e
pesquisadores provenientes de várias disciplinas (ergonomia,
estudos organizacionais, estudos sociais da ciência e
tecnologia), cujos trabalhos convergem em torno de três temas
principais de pesquisa: (i) Gestão de Conhecimento Tácito e
Desenvolvimento da Expertise; (ii) Atividade Humana e
Desenvolvimento Sustentável e (iii) Projeto Organizacional
Sociotécnico.
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17. Programa de Pós-Graduação Ciência,
Tecnologia e Sociedade (UFSCar)
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Desafios da interdisciplinariedade: a
experiência do PPGCTS - UFSCar
|
Wilson Pedro
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Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
|
O
presente painel apresenta alguns aspectos do Programa de
Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade - PPGCTS,
criado pela UFSCar - Universidade Federal de São Carlos em
2007. Inicialmente com o Curso de Mestrado e posteriormente o
Doutorado (em 2012). Conta a tualmente tem Conceito
4 pela CAPES. O
PPGCTS/UFSCar visaformar recursos humanos para pesquisa, docência
e atuação profissional em áreas diversas que se beneficiam da
convergência interdisciplinar de saberes própria do campo CTS -
Ciência, Tecnologia e Sociedade. Devido ao seu caráter
interdisciplinar inovador, o Programa reúne um corpo docentes e
discente com diferentes formações, nos diversos ramos das
ciências humanas e sociais, exatas e tecnológicas, biológicas e
da saúde, e de linguística, letras e artes; oriundos das
diversas regiões geográfica brasileira. Está estruturado em
três Linhas de Pesquisa: 1) Dimensões Sociais da Ciência e da
Tecnologia: visa desenvolver estudos voltados para a investigação
dos antecedentes sócio-históricos e as lacunas e obstáculos com
que importantes segmentos sociais contemplam atualmente o fenômeno
científico-tecnológico; 2) Gestão Tecnológica e Sociedade
Sustentável: visa compreender as oportunidades e desafios
tecnológicos presentes e futuros, enfrentados por organizações
empresariais e públicas, para formulação de estratégias para
desenvolvimento sustentável, social, econômico e ambiental, e
para elaboração de políticas públicas em ciência, tecnologia
e inovação; 3) Linguagens, Comunicação e Ciência: visa
investigar as diversas manifestações das linguagens - oral,
escrita, imagética fixa e audiovisual, empregadas na comunicação
científica e cultural, por meio de estudos que busquem os modos
de elaboração, divulgação e recepção da ciência formalizada
em articulação com saberes populares. Projetos de pesquisas
realizadas por docentes e discentes do Programa versam sobre temas
interdisciplinares do Campo CTS. Destaca-se que em sua existência
foram defendidas 124 dissertações (2009-2015). O trabalho
desenvolvido pelo programa articula-se às discussões
contemporâneas do campo CTS articulando estudos clássicos e
contemporâneos de teorias, métodos e práticas em Ciência,
Tecnologia e Sociedade em uma perspectiva interdisciplinar,
crítica, reflexiva e dialógica.
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Site:
ppgcts.ufscar.br
Email:
ppgcts@ufscar.br
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18. Phrònesis: Grupo
de Estudos em Filosofia, Ciência, Tecnologia e Sociedade
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As relações entre Filosofia, Ciência,
Tecnologia e Sociedade
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Leonardo da Rocha Bezerra de Souza
|
Universidade Federal do Rio Grande do
Norte/UFRN
|
O
Grupo de Pesquisa Phrònesis
foi criado em 2013, tendo como principal objetivo promover e
aprofundar a discussão filosófica acerca dos estudos e da
relação entre ciência, tecnologia e sociedade (CTS). Coodenado
pela Prof. Dra. Angela Luiza Miranda da Escola de Ciências e
Tecnologia da UFRN, o grupo oferece as seguintes linhas temáticas
de pesquisa: (1) Filosofia da Tecnologia; (2) Ética em Ciência e
Tecnologia; (3) Políticas públicas em Ciência e Tecnologia; (4)
Educação em Ciência e Tecnologia; (5) Desenvolvimento Local e
Regional.
Do
ponto de vista institucional, o Phrònesis pretende impactar
diretamente na produção científica dos alunos de graduação e
do Bacharelado da Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN, onde
tem sua sede física. Ademais, pretende impactar diretamente na
produção científica dos alunos de Pós-Graduação da UFRN que
pesquisam temas relacionados às linhas de pesquisa do grupo.
Do ponto de vista interinstitucional, a proposta do
Phrònesis consiste em fortalecer a rede de
pesquisadores/pesquisadoras de outras instituiçõe se e de outros
grupos de pesquisa do Brasil, ocupados com a discussão e os
estudos de CTS. Do ponto de vista social, a pesquisa
pretende contribuir para o desenvolvimento local e regional,
através da análise científica e do debate crítico que envolve
o papel da ciência e da tecnologia e suas implicações sociais.
Atualmente
o grupo conta com vários pesquisadores, tanto professores
doutores da Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN e de outras
universidades brasileiras, bem como professores colaboradores do
exterior, além de alunos bolsistas de pesquisa oriundos em sua
maioria da UFRN. Por ser um grupo que se encontra em estágio
inicial, a pesquisa agora concentra-se na produção de artigos,
cujas temáticas vinculam-se às linhas ofertadas pelo grupo.
Também tem sido principal interesse para o fortalecimento do
grupo, a promoção de redes de colaboração e cooperação entre
pesquisadores que estudam a temática, seja em âmbito local,
regional, nacional e também internacional. Do mesmo modo, tem
promovido atividades de pesquisa e extensão dentro da UFRN, no
intuito de promover e divulgar o trabalho e as pesquisas que vem
sendo realizadas pelo Phrònesis.
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19. Núcleo de Pesquisas
sobre Gênero e Tecnologia (GETEC)
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O GETEC e a construção da igualdade de gênero
na ciência e tecnologia
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Nanci Stancki da Luz
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Universidade Tecnológica Federal do Paraná
|
O
GETEC, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Tecnologia
(PPGTE) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR),
começou suas atividades no ano 2000. Desenvolve pesquisas sobre
as relações de gênero na ciência e tecnologia, destacando-se
investigações na área de educação, diversidade, trabalho,
divisão sexual do trabalho, violência de gênero, sempre
entrelaçando suas discussões com gênero, ciência, tecnologia e
sociedade. É responsável pelo periódico "Cadernos de Gênero
e Tecnologia" e tem desenvolvido, desde 2006, cursos de
extensão, dentre os quais destacamos: "Construindo a igualdade
na escola: repensando conceitos e preconceitos de gênero",
"Refletindo gênero na escola: a importância de repensar
conceitos e preconceitos", "Construindo a igualdade na escola:
reconhecendo a diversidade sexual e enfrentando o sexismo e a
homofobia" e "Gênero e Diversidade na Escola", cursos que
contou com a participação de mais de mil docentes da rede
pública de ensino do Paraná e que dentre suas discussões
enfatiza a temática "gênero, ciência e tecnologia". A
partir dos dois projeto foram publicados vários livros (Editora
UTFPR): Construindo a igualdade na diversidade: gênero e
sexualidade na escola; Igualdade na Diversidade: enfrentando o
sexismo e a homofobia; Tecnologia e transformação social:
reflexões sobre gênero, trabalho e educação. Ciência,
tecnologia e gênero: abordagens ibero-americanas; Diversidad
cultural, gênero y tecnología: um abordajeinterdisciplinario.
Organizou diversos encontros científicos: Seminário Brasileiro
Gênero e Mídia (2005/UTFPR), Congresso Iberoamericano de
Ciência, Tecnologia e Gênero (2010/UTFPR), além de ter
participado em apresentações de trabalho e de coordenações de
grupos temáticos em diversos eventos científicos no Brasil e
exterior.
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20. Pandora - Grupo de
Pesquisa Democracia e Gênero em Ciências e Tecnologia
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Relações de Gênero em Ciências e Tecnologia
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Carla Giovana Cabral
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Universidade Federal do Rio Grande do
Norte/UFRN
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Contribuir
para estudos e debates sobre "mulheres nas ciências e na
tecnologia"e a "ciência no feminismo", assim como a
democratização dos processos decisórios que envolvem ciências
e tecnologias e suas políticas emergem como objetivos de atuação
do Pandora - Grupo de Pesquisa Democracia e Gênero em Ciências
Tecnologia. Criado em 2010, na área Ciência, Tecnologia e
Sociedade da Escola de Ciências e Tecnologia da UFRN, abriga 12
pesquisadores, entre doutores, pós-graduandos e de iniciação
científica, em suas cinco linhas de pesquisa. São elas: 1)
História das ciências e da tecnologia e gênero: compreender as
razões espistemológicas, históricas e sociológicas que
constribuíram para a invisibilidade das mulheres nas ciências e
na tecnologia, microdesigualdades, relações de poder e educação;
2) Educação e relações de gênero: realizar estudos e
pesquisas em ensino de gênero, ensino de ciências e gênero,
políticas educacionais, contxto escolar; 3) Educação CTS:
pesquisar o papel formativo do campo CTS, abrangendo estudos em
educação científica e tecnológica, CTS e sustentabilidade,
educação ambiental e CTS,ensino de ciências, ensino de
engenhariae, educação e tecnologias; 4) Comunicação pública
da ciência: investigar diferentes formas de relação entre a
ciência, a tecnologia e o púbico, percepções, modelos de
comunicação e cultura científica; linguagens e discursos da
divulg cultura científica crítica e a democratização da
ciência e da tecnologia; relação da ação científica; 5)
Políticas públicas em ciências e tecnologia: pesuisar
mecanismos institucionais que permitam (ou não) a participação
pública quanto à implementação, execução e avaliação de
políticas em ciência e tecnologia, propor alternativas para a
construção de um modelo democrático de inserção social em
decisões que envolvam ciência e tecnologia. Nessas linhas,
desenvolvemos pesquisas, tais como "Epistemologias feministas e
teorias poscoloniais"; "História das ciências e da
tecnologia e gênero no Nordeste brasileiro"; "História das
ciências e gênero no ensino de química"; "Práticas de
saúde na odontologia e sustentabilidade; "Educação CTS: os
bacharelados interdisciplinares em ciências e tecnologia no
Brasil". Integramos a Rede Iberoamericana de Ciência,
Tecnologia e Gênero do Programa Iberoamericano de Ciência e
Tecnologia para o Desenvolvimento (RICTyG/CYTED). O Grupo de
Pesquisa Pandora é coordenado pela Profa. Dra. Carla Giovana
Cabral.
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21. Observatório do Movimento pela
Tecnologia Social na América Latina
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O que fazer quando o 'cobertor' da política
brasileira de ciência & tecnologia é curto demais para
agasalhar as demandas mais amplas da sociedade?
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Ricardo T. Neder
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Universidade de Brasília
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O
Observatório realiza pesquisas e desenvolvimento entre grupos
sociais e demandas cognitivas passíveis de vinculação dentro ou
fora da política explícita de Ciência & Tecnologia no país,
associadas a práticas implícitas inter e multidisciplinares e
intersetoriais de C&T de outras políticas. Opera desde a FUP
- Faculdade UnB Planaltina para todas as unidades acadêmicas, a
partir de 2010 com abordagem teórica e aplicada dos Estudos CTS
vinculados ao Pensamento Latinoamericano de Ciência &
Tecnologia (PLACTS) e com a Adequação Sociotécnica (AST). Neste
período gerou (a) criação da revista "Ciência &
Tecnologia Social"; coleção "Construção Social da
Tecnologia" com 06 volumes publicados 2010-2014: v. ebooks em
www.obmts.unb.br). (b) cursos pós-graduação & extensão
colaboratórios, pesquisas CTS com docentes brasileiros e
estrangeiros (apoio Escola Altos Estudos CAPES Proc. 0042/2013).
(c) Fomento à criação do Programa de Pós-Graduação Estudos
CTS (PPGECTS/UnB - em processo 83.411/2014) com 4 linhas de
pesquisa: Adequação Sociotécnica; Auto-Gestão, ECTS,
Linguagens, Saberes & Ciência; e ECTS & Educação. (d)
Mantem cooperação internacional com o Instituto de Estudios de
Ciencia y Tecnología da Univ. Nacional de Quilmes (ARG.);
Universidade Simon Fraser - Vancouver (CA) e Univ. Técnica de
Lisboa (PT). O Observatório apoia e fomenta a ITCP TEC SOC da UnB
integrante da rede brasileira de Incubadoras Universitárias de
Cooperativas Populares ITCPs das universidades publicas. O
Observatório mantem vínculos com produtores de conhecimento,
técnicas e saberes em assentamentos, redes de economia e finanças
solidárias, além de docentes, discentes, colaboradores e
profissionais lideranças em movimentos sociais em torno dos
seguintes projetos temáticos (com tempo-próprio e autônomos):
(1) A literatura CTS Ibero-latinoamericano e Caribenha -
Repositório Ubá (2) Agroecologia - bases da adequação
sociotécnica para a política nacional de agroecologia (3)
Etnociências & política de educação em ciência &
tecnologia: um olhar dos Estudos CTS; (4) Educação CTS nas
Engenharias: inter e transdisciplinaridade; (5) Museu de ciências
& humanidades UnB sob a ótica dos Estudos CTS; (6) Cátedra
Latinoamericana Amilcar Herrera de estudos CTS (7) Simulação
computacional dos processos sociais da ciência - uma abordagem
AST/CTS (8) Inclusão socioprodutiva, juventude e os institutos
federais tecnológicos - diagnóstico AST/CTS dos perfis
ocupacionais no curriculum Pronatec (9) Política de ciência e
tecnologia & mídias livres no Brasil.
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Site:
www.obmts.unb.br
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