Confronto de concepções a cerca do sentido de saudável
Ellen Cristina FranciscoOficina: A ciência do saudável na diversidade e unidade do povo brasileiro
Resumo:
Promover o confronto de concepções a cerca do sentido de saudável, quer seja ele preconizado pela ciência da nutrição ou expresso pela cultura nas diferentes origens de povo brasileiro e o modo de vida
Robótica na Escola
Luemy Avila Santos SilvaOficina: A ciência do saudável na diversidade e unidade do povo brasileiro
Resumo:
A Educação está carente de inovação para lidar com os desafios da contemporaneidade, tais como o desafio de lidar com os diversos aparatos tecnológicos - smartphones, tablets, e equipamentos informatizados em geral.
A estimativa, que aponta um quadro grave, caso o país não reforce programas para reverter a situação, mostra que a escassez de mão de obra qualificada é um problema educacional. Um estudo da IDC, encomendado pela Cisco em abril de 2013, destacou que até 2015 a demanda na América Latina por profissionais de TI especializados em rede será 35% maior que a força de trabalho disponível, chegando a um déficit de aproximadamente 296 mil trabalhadores. Ainda, são justificativas para o aprendizado de robótica: Promover a qualificação profissional do cidadão;Democratizar o acesso aos conhecimentos produzidos para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos; Promover a cidadania e valores democráticos aos diferentes atores sociais que se envolvem de forma direta e indireta nas ações; Enriquecer a proposta educacional escolar, implantado ou fortalecendo a aprendizagem pela resolução de problemas, de forma contextualizada, em torno de Torneios de Robótica e Olimpíadas de Informática, além de desenvolver os valores estéticos, políticos e éticos, organizados sob as premissas de sensibilidade, igualdade e identidade; Promover a construção flexível dos saberes com foco na mediação da aprendizagem;Incentivar que jovens em diferentes faixas etárias se enveredem pelos domínios da Ciência e Tecnologia. Será utilizado um kit de Robótica Educacional que possui maleta de montagem com blocos, engrenagens, eixos, entre outras peças e ainda um bloco sistema que compila comandos e as programações desenvolvidas pelos participantes. O software de programação é iconizado e facilita o desenvolvimento de iniciantes, assim sendo conforme avanço na interação, novas ferramentas poderão ser utilizadas do próprio software.
A iniciativa envolve e beneficia simultaneamente alunos dos ensinos básico, médio e universitário, além de docentes. Sua metodologia articula a formação continuada de professores, a capacitação dos acadêmicos e a preparação de alunos dos ensinos básico e médio para o desenvolvimento de habilidades cognitivas.
Concepção e Adoção do QUALISDATA (Participação em Oficina)
Paulo Coelho Ventura Pinto, Ricardo Pires MesquitaOficina: Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Resumo:
A concepção do QUALISDATA, um algoritmo para efetuar a conferência entre pares registros de dados pessoais de bases de dados governamentais distintas, fora norteada por 5 propriedades que um processo de conferência automática de registros de dados deveria satisfazer para ter flexibilidade cognitiva nesse processo. Tais propriedades foram concebidas utilizando o know-how de analista com experiência em cruzamento de informações cadastrais de grandes bases de dados governamentais brasileiras e por um grupo de pesquisa da PESC/COPPE. Tais propriedades foram apresentadas em Simpósio Nacional de Sistema de Informação e na Scottish Informatics Programme Conference, ambos em 2013, para fins de validação entre pares. Essas 5 propriedades foram concebidas no primeiro bimestre de 2013, com intuito de doutoramento, com a motivação de compreender a problemática do cruzamento de dados cadastrais sob a ótica qualitativa para subsidiar gestores e stakeholders. Uma aplicação imediata seria o cruzamento de registros dados com informações contratuais do Cadastro de Beneficiários de Planos de Saúde da Agência Nacional de Saúde e do Cadastro de Pessoas Físicas da Receita Federal.
O QUALISDATA, além de ser caracterizado pela convergência de técnica e conhecimento, pode ser entendido como uma potencial inovação surgida na necessidade de articular o saber acadêmico com potencial para subsidiar projetos que envolvam, p.ex, cruzamentos de dados no Sistema Único de Saúde e na Saúde Suplementar no que tange a seus usuários.
Entender como esta rede foi tecida através das mãos de atores motivados cada qual por seus interesses técnicos, políticos e sociais, ora convergindo, ora divergindo. é a proposta deste trabalho. "Seguir Engenheiros e Cientistas em Ação..." a proposta de Latour, utilizando a pesquisa-ação, é o norte metodológico que serve de base para a narrativa. Muito além das negociações técnicas que envolvem a elaboração de um algoritmo - que abrangem desde o tipo de linguagem utilizada à representação da qualitativa das informações e seus resultados. Assim o QUALISDATA representa um conceito tecnológico em potencial na rede de melhorias dos processos na Saúde Suplementar. À luz da academia, O QUALISDATA pode ser entendido como uma inovação local dentro do ciclo de concepção e adoção (Callon) e um artefato importante no fazer Ciência Tecnologia e Sociedade no Brasil.
Controvérsias sobre a ética na área de saúde (Participação em Oficina)
Renato Cerceau, Ana Luiza Silveira de OliveiraOficina: Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Resumo:
A produção científica quando envolve seres humanos deve observar normas estabelecidas pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP. Contudo, não é incomum a ocorrência de entraves neste processo. Esta situação pode ser evidenciada quando duas ou mais tarefas se chocam provocando conflito de interesses, gerando controvérsia entre os atores envolvidos e se anulando uma à outra de forma a não viabilizar o estudo. Desenrolar este "nó" é o objeto deste estudo a luz da teoria ator-rede.
Neste relato, apresentamos as incoerências e as dificuldades para o desenvolvimento de estudos no período de 2008 a 2011, seguindo os passos de um pesquisador (ex-professor universitário e com titulação de mestrado) que atuava como servidor público (concursado e efetivo) em instituição pública (autarquia federal). Abriremos a caixa-preta da tecnociência das experimentações a partir dos dados históricos obtidos em instituições públicas e privadas.
A controvérsia em questão começa com a aprovação do protocolo de pesquisa, cuja solicitação deveria ser encaminhada por meio digital ao CONEP, por meio do sistema SISNEP - Sistema Nacional de Informação sobre Ética em Pesquisa envolvendo Seres Humanos (www.saude.gov.br/sisnep), sendo necessário preenchimento de 'Folha de Rosto' e projeto de pesquisa. No primeiro documento, caberia o preenchimento dos dados do pesquisador e de sua instituição corresponsável pela pesquisa (i.e., como 'instituição proponente').
A primeira barreira encontrada foi o uso do CNPJ da Instituição. O CONEP exige 'corresponsabilidade' pela pesquisa entre pesquisador e instituição. Enquanto a autarquia, em questão, não possui nenhum interesse na realização de pesquisas pelos seus quadros além de não pode ser categorizada como instituição de pesquisa.
O enquadramento como 'pesquisador independente' pelo CONEP representou um problema visto que o pesquisador não possuía nenhum vínculo ativo com nenhuma instituição de pesquisa. A autarquia não possui Comitê de Ética em Pesquisa - CEP.
Atender ao interesse particular (não institucional) de desenvolvimento de pesquisa empregando os dados institucionais. A autarquia não possui interesse que seus dados sejam analisados.
Finalmente, para que a instituição autorizasse o uso de seus dados (que geralmente são entregues com amparo de declaração de sigilo e confidencialidade) a autarquia 'exige' que a apresentação da aprovação do projeto no SISNEP/CONEP.
Tendo tentado conduzir uma pesquisa particular' (não oficial da instituição) não foi possível ao pesquisador realizar a inserção do pedido no sistema de informação. Durante 3 (três) anos foram enviadas diversas comunicações ao CONEP. Como não houve aprovação da pesquisa, a instituição não liberou os dados.
Sendo assim, a realização da pesquisa e o processo de negociação entre as partes, uma vez estudas a luz da teoria ator-rede nos permitirá o entendimento das traduções e translações dos interesses dos diferentes atores envolvidos (Latour), humanos e não humanos, assim como o fechamento ou não desta controvérsia. Aqui serão observadas discussões em andamento, brigas acaloradas e uma controvérsia não acabada - típicas dos estudos CTS.
Estudo de Métodos Computacionais para Aportamento Molecular (Participação em Oficina)
Ricardo Pires MesquitaOficina: Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Resumo:
A pesquisa sobre aportamento (docking) molecular integra estudos em química medicinal e teórica, com motivação, principalmente, na possibilidade de se otimizar, por meio de metodologias computacionais, o processo de desenvolvimento de novos medicamentos.
O processo de docking molecular consiste em uma tentativa de se prever a forma como uma determinada molécula ligante irá se acoplar na região de ligação de uma determinada molécula receptora, e o quão boa é esta ligação, avaliada por meio da quantificação da afinidade de ligação entre o receptor e o ligante (Magalhães, 2007).
Para isso, o problema de docking é resolvido em duas etapas. Em um primeiro momento, aplica-se um algoritmo para investigar a hiper-superfície de energia com o intuito de se encontrar a conformação e a orientação da molécula ligante em relação ao sítio receptor. Depois, procura-se prever o grau de afinidade de ligação do complexo receptor-ligante, através da aplicação de uma função de avaliação (scoring).
O problema de docking é de grande complexidade, pois é preciso avaliar um grande número de possíveis soluções para que então uma solução ótima possa ser encontrada. Para isso, vários métodos computacionais, que variam em relação ao grau de flexibilidade das moléculas e ao método de otimização empregado na investigação da hiper-superfície de energia, têm sido implementados na tentativa de se buscar tais soluções (Kitchen et al., 2004).
Este estudo se propõe a investigar a evolução dos algoritmos e métodos computacionais empregados na busca de soluções para este problema, apresentando a sequência cronológica, as conquistas e as principais questões em aberto ou parcialmente resolvidas.
ÉTICA EM PESQUISA - humanos e não humanos radioativos (Participação em Oficina)
Ana Luiza Silveira de Oliveira, Renato CerceauOficina: Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Resumo:
A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa tem fortalecido a atuação na proteção dos direitos dos humanos que participam da pesquisa. Neste sentido, o sistema de avaliação ética das pesquisas emprega as comissões de ética em pesquisa (CEP).
Este estudo de caso apresenta uma controvérsia entre um CEP ligado a um programa de pós-graduação de uma unidade federal e uma estudante da área da medicina nuclear. O objeto da pesquisa foi o estudo da radiação emitida pelo recipiente de transporte do material nuclear (i.e., um balde), com medições a diversas distâncias. Este material era recebido e manipulado por um funcionário que abria o recipiente e retirava o material radioativo do seu interior para posteriormente ser preparado o radiofármaco.
A estudante procedeu às medições sob orientação e escreveu sua monografia. Houve questionamento quanto a questão ética envolvida pois "um humano" era o responsável pela abertura do balde. O primeiro parecer do CEP foi contrário ao prosseguimento da pesquisa. A recomendação foi pela interrupção na coleta de dados e indicação do 'consentimento' do funcionário para sua participação.
Muitos debates entre os envolvidos ocorreram uma vez que não concordaram com o parecer do conselho. Traduziram o relatório do CEP como muito sensível ao ser dada ênfase a participação do ser humano. Demasiada ênfase a radioatividade que poderia estar submetido o ser humano - nada sensíveis à radioatividade emitida de fato pelo balde. No julgamento do CEP houve a polarização de humanos versus não humanos onde a preferência do julgamento foi dada ao humano sem entrar no mérito do elo que os ligava na rede do experimento. O professor orientador teve como posicionamento a crítica ao CEP uma vez que não seria adequado mudar os procedimentos da pesquisa visto que, no processo diário de suas atividades 'era função do funcionário'.
Uma vez estabilizada a controvérsia a estudante apresentou a monografia após três anos. Privações também foram experienciadas, já que até o fechamento da caixa-preta, a estudante não pode registrar sua pós-graduação.
O objetivo deste trabalho é acompanhar este caminhar, as negociações com o CEP, as atuações humanas e não humanas. Olhando para esta narrativa a luz da CTS entendemos que o fazer ciência transpõe os muros do laboratório esbarrando em questões éticas, na radioatividade, em baldes e práticas disciplinares.
Fábrica De Software Baseada Em Métodos Ágeis: Experimentações no PET-SI da UFRRJ
Sergio Manuel Serra da CruzOficina: Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Resumo:
O conceito fábrica de software (FS) refere-se a uma coleção estruturada de recursos (humanos, processos e metodologias) cujo objetivo produzir software ou componentes de acordo com as necessidades específicas do cliente (Pressman, 2011). Uma FS tradicional aplica técnicas e princípios para o desenvolvimento de software simulares aos de uma unidade fabril qualquer. Ambas se caracterizam como uma linha de montagem de produtos, onde trabalhadores configuram ferramentas, processos e conteúdos usando um modelo com base em um projeto conceitual (Aragon & Souza, 2004). Uma vez consolidada, a fábrica de software também pode ser vista como uma caixa-preta onde entram insumos e saem produtos. Na tecnociência o conceito da "caixa-preta" é muito utilizado (Latour,1998) para explicar fatos e artefatos científicos. Assim como abrimos a "caixa-preta de um avião quando cai para investigarmos as causas da queda, as caixas pretas da tecnociencia são abertas à medida que surgem questionamentos (controvérsias) sobre o seu funcionamento. A proposta deste trabalho é a partir da controvérsia sobre o funcionamento da fábrica de software tradicional (FST), abrir a caixa-preta "Fábrica de Software" e enxergar novas opções que viabilizam o seu funcionamento. Utilizará para isso, o trabalho piloto experimental desenvolvido pelo Programa de Educação Tutorial (PET-SI) da UFRRJ.
Experimentos piloto realizados pelos Programa de Educação Tutoria (PET-SI) do curso de Sistemas de Informação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) adotaram três métodos ágeis como metodologia de desenvolvimento de produtos de software. O objetivo dos experimentos foi buscar alternativas para execução do desenvolvimento de softwares que fossem mais centradas no processo de ensino e aprendizagem do que na produção em si.
A adoção indiscriminada de todas as técnicas de uma FS no processo ensino-aprendizagem (Coll & Mira, 1996, Perrenoud, 2000) mostrou-se na prática, um equívoco do ponto de vista da formação de recursos humanos na área de computação. Embora o processo de criação do software ajudasse no desenvolvimento da capacidade criativa dos envolvidos, na solução de um determinado problema ou no atendimento a necessidade de um cliente, algumas expectativas por parte dos alunos para elaboração de softwares mais padronizados, por exemplo, não foram atendidas. A ideia de fazerem parte de uma "linha de montagem" também incomodava bastante a alguns integrantes - "tratar o desenvolvedor (aluno) como um recurso é não só infantilizá-lo como também desumanizá-lo". Alguns adjetivos dados a FS, como a forma "rígida", "segmentada" e "centrada no produto final", com a qual foi classificada pelo grupo, fomentou um movimento por parte do mesmo para a criação de algo novo. Uma metodologia que democratizasse o papel do desenvolvedor, não apenas como um componente do processo fabril, mas também como um artífice do conhecimento.
Foi desenvolvida em contra partida a proposta de Fábrica De Software Baseada Em Métodos Ágeis (FSMA) que se difere do conceito de FS tradicional. A FSMA se alinha com a escola de pensamento proposta por Vygostky (2007) onde a educação é considerada como fonte de desenvolvimento.
A proposta deste trabalho é mostrar como o desenvolvimento ágil de software pode fazer parte do processo de tutoria. Uma vez focada no aluno, ela pode ser uma aliada no processo de melhoria continuada e mais iterativa. Uma vez observados o treinamento e a união dos grupos, a eficiência, a qualidade e o aprendizado assim como outros conceitos são trabalhados coletivamente junto ao cliente. Neste processo também serão controlados os custos de desenvolvimento e o tempo de entrega do produto.
Este trabalho tem como objetivo apresentar o relato de um experimento piloto de um FSMA centrada no processo ensino-aprendizagem (PEA) e que adotou métodos ágeis da computação como metodologia de desenvolvimento de novos produtos de software. O experimento-piloto foi conduzido pelos integrantes do grupo PET-SI da UFRRJ durante um intervalo de cinco meses e resultou no desenvolvimento e disponibilização de dois produtos distintos. Os produtos são sistemas Web voltados para atender duas comunidades: (i) alunos do curso de Sistemas de Informação da UFRRJ e (ii) os próprios petianos do grupo da UFRRJ. Os resultados serão apresentados em mais detalhes em publicações do tipo E-Book.
Inclusão do material apresentado no GT
Paulo Roberto Souza JuniorOficina: Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Resumo:
Inclusão do material apresentado no GT, no livro temático que será organizado pela oficina e participação no registro das impressões sobre o evento e contribuições para os estudos CTS.
Neurociência Computacional na Educação Brasileira - desafios e controvérsias (Participação em Oficina)
Jorge Juan Zavaleta GavidiaOficina: Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Resumo:
O Entendimento do funcionamento do cérebro, embora ainda se constitua como um grande desafio para as neurociências tem contribuído substancialmente para a compreensão dos processos de aprendizagem. Isso se verifica, por exemplo, na quantidade considerável de novos estudos sobre as dificuldades de aprendizagem enfrentadas por crianças e jovens com problemas comportamentais e sociais. Neste sentido, ferramentas computacionais para a detecção dos transtornos de aprendizagem viram aliadas e conseguem elaborar diagnósticos mais precisos e objetivos. No entanto, ao introduzir uma ferramenta tecnológica para a elaboração do diagnóstico, levantam-se questionamentos sobre o esvaziamento do papel do pedagogo e do psicólogo, os especialistas que fazem este tipo de diagnóstico. Pedagogos e psicólogos também questionam a eficácia da utilização de ferramentas tecnológicas para identificar problemas que passam por análises subjetivas. Tendo em vista esses questionamentos sobre o uso da tecnologia como aliado na detecção dos transtornos de aprendizagem, este trabalho apresenta um estudo sobre linhas de investigações baseadas em redes neurais que considera a faixa etária de 9 a 18 anos com ou sem o Transtorno de Aprendizagem. O objetivo é demonstrar que as redes neurais possuem consistência ao lidar com os problemas de reconhecimento de padrões e se mostram eficientes na detecção precoce em portadores destes transtornos. Para que as redes neurais falem em defesa própria, utilizaremos a noção de porta voz introduzida por Bruno Latour em Ciência em Ação, onde "não há muita diferença entre pessoas e coisas pois ambas precisam de alguém para falar em seu lugar" e descreveremos através do estudo mencionado como as redes neurais são um forte aliado. Este estudo pretende contribuir com a área CTS, com uma abordagem ampla e diferenciada sobre o assunto.
Organização de livro e registro sobre o evento
Elaine Ribeiro SigetteOficina: Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Resumo:
A ideia é participar da oficina dentro da proposta feita. A primeira, reunindo o material dos participantes na construção de um livro temático com abordagem CTS, no intuito de divulgar os trabalhos desenvolvidos.
A segunda proposta implica no registro dos participantes com um espaço dedicado a escuta das impressões sobre a CTS no Brasil e uma auto análise do papel do próprio trabalho dentro da área CTS.
Do que pode o corpo nas práticas de ensino?
César Augusto ParoOficina: Oficina de Experimentação Corporal
Resumo:
Reflexões sobre novas possibilidades para as práticas formativas ganham cada vez mais centralidade no cenário atual, principalmente num contexto em que figura-se uma desestabilização dos modelos que tiveram uma avassaladora hegemonia. Surgem tantas possibilidades, que se questiona do que se pode o corpo em todo este processo. Que passividade se espera de um corpo nas práticas de ensino? Ou que linhas de fuga se pode criar? Quais são as amarras, mesmo invisíveis, que aprisionam o corpo da experimentação? Ou que potencial de inventividade há para criar novos devires e novas formas de existência: de ser, de estar, de aprender, de ensinar, ...?
Inovação para mobilidade urbana
Lidyane Stephane da Silva BarrosOficina: Oficina de Experimentação Corporal
Resumo:
Os sistemas de transportes são pontos críticos para o funcionamento das cidades e influenciam politicas urbanas e o crescimento econômico das cidades. Diante disto, destaca-se a importância de inovações que sejam capazes de gerar alternativas aos sistemas tradicionais de mobilidade que sejam efetivas e eficientes. Assim se torna importante estudar e discutir os programas de inovação dentro de organizações públicas que possam corroborar com a evolução e surgimento de soluções para o problema dos transportes nas grandes cidades.
Semioses acionais na jogabilidade de um jogo móvel de localização
Raquel Salcedo GomesOficina: Oficina de Experimentação Corporal
Resumo:
No campo de estudos dos videogames, jogabilidade é um conceito central, porém controverso. De acordo com Mello (2013), é ora concebida como a experiência lúdica do jogador e suas expectativas junto aos desafios do jogo, ora relacionada à engenharia das ações possíveis, excluindo subjetividades, enquanto por vezes é remetida ao design do jogo somente. O autor propõe um conceito de jogabilidade que integra as características de interface, agência e interação, em uma tentativa de não reduzi-lo, contemplando design, mecânica e experiência. Esta definição contribui para a compreensão da jogabilidade como um processo de co-autoria, em que design e mecânica constituem a criação de um mundo no qual o jogador será imerso, ao mesmo tempo em que a narrativa do jogo não poderá se desenvolver sem sua ação. É sua performance, ao interagir com personagens e se mover no espaço semiótico, que determina como o jogo se desenvolverá. Em um jogo de localização, que depende do deslocamento do jogador pelo local físico, o corpo tende a obter mais evidência, pela diversidade de agenciamentos necessários para manipulação da tecnologia durante a exploração do território. Neste sentido, acreditamos que, nesse tipo de jogo, há experiências de aprendizagens corporais relacionadas à jogabilidade. Partindo desse pressuposto, ao analisarmos a jogabilidade de um jogo locativo elaborado para ser jogado com dispositivos móveis no Jardim Botânico de Porto Alegre, notamos que, aos multiletramentos envolvidos na experiência de jogar, agrega-se um componente acional que colabora para a afecção corporal e a desnealirização da performance e suas semioses, uma vez que as instruções do jogo só adquirem consistência pela intervenção criativa e prática, mobilizando saberes tácteis e espaciais. Desse modo, cremos que o jogo modula experiências de aprendizagem corporal, alinhadas à jogabilidade proposta por Mello (2013). Durante a oficina, convidares os participantes a experimentarem o jogo em nossos tablets, a partir de uma versão que permite o acesso remoto, de modo que exploraremos a distância, a partir de QR codes, o território do Jardim Botânico de POA, contribuindo para a produção de outras experimentações de aprendizagens corporais na jogabilidade.
Contribuições de Gilbert Simondon para uma tecnologia da cerâmica.
Evandro Smarieri SoaresOficina: Uma Oficina sobre Educação Ambiental a partir dos saberes e fazeres de uma rede sociotécnica da cerâmica
Resumo:
O conceito de tecnologia em Gilbert Simondon é entendido como uma reflexão de caráter técnico sobre uma realidade técnica, ou seja, uma técnica em segundo grau, que se ocupa em pensar de acordo com a localização e multiplicação dos esquemas de mediação. No caso específico das redes socio-técnicas de cerâmica, pretendemos contribui com a tecnologia (reflexão sobre as técnicas) da cerâmica. Partindo do ponto de vista do objeto técnico, como o faz o filósofo francês em seu livro Du Mode d'Existence des Objets Techniques, pretendemos discutir a relação entre humano (ser vivo) e mundo(seres físicos) a partir do mediador híbrido dessas duas realidades. Tomando a realidade técnica como foco central da discussão pretendemos corroborar a proposta de superação dos abismos dualistas apresentando as noções de objeto, sujeito, natureza e cultura em Simondon.
A Teoria Ator-Rede, de Bruno Latour, estabelece um diálogo claro com a filosofia de Gilbert Simondon, sobretudo no tocante ao modo de existência dos não-humanos. Sempre a partir do ponto de vista do objeto técnico, a leitura de Gilbert Simondon pode contribuir com a discussão sobre as redes sociotécnicas através da concepção de objeto técnico, em seus três níveis: elemento, indivíduo e conjunto.
Pretendemos agregar conceitos simondonianos à filosofia no intuito de oferecer uma concepção sobre as relações entre humano e natureza centrada na realidade técnica.
Nada a acrescentar (Participação em Oficina por André Lacerda)
André Fernando Messetre de LacerdaOficina Uma Oficina sobre Educação Ambiental a partir dos saberes e fazeres de uma rede sociotécnica da cerâmica
Nada a acrescentar (Participação em Oficina por Daniela de Souza)
Daniela Beltrão de SouzaOficina: Uma Oficina sobre Educação Ambiental a partir dos saberes e fazeres de uma rede sociotécnica da cerâmica
Participação
Juliana Michaela Leite VieiraOficina: Uma Oficina sobre Educação Ambiental a partir dos saberes e fazeres de uma rede sociotécnica da cerâmica
Participação
Núria Colom Toldrá EbramOficina: Uma Oficina sobre Educação Ambiental a partir dos saberes e fazeres de uma rede sociotécnica da cerâmica
Podemos pensar no texto científico como cerâmica?
Viviane FernandezOficina: Uma Oficina sobre Educação Ambiental a partir dos saberes e fazeres de uma rede sociotécnica da cerâmica
Resumo:
A oficina poderá nos inspirar a pensar a redação de textos científicos como resultado do cozimento de ideias, dados, sensações, intuições. A superação de abismos dualistas (natureza/cultura, objeto/sujeito, conceito/contexto, fato/valor) é sem dúvida um desafio para educadores e pesquisadores em formação.
Proposições para Oficina
A ciência do saudável na diversidade e unidade do povo brasileiro
Maria Rita Marques de OliveiraResumo:
Proposição para Oficina
Pressuposto: Comer é um ato tão vital ao ser vivo, que quando se pensa em transformá-lo em objeto de pesquisa para o seu próprio aprimoramento, isso pode não fazer sentido a todos os humanos que desde muito antes do advento da ciência e tecnologia vem aprimorando o que lhe melhor convém comer. Então, levantam-se as perguntas: Qual o papel da ciência e a tecnologia na alimentação? Quais os sentidos de alimentação saudável? Saudável é o melhor adjetivo?
Objetivo: Promover o confronto de concepções acerca do sentido de alimentação saudável, que seja ele preconizado pela ciência da nutrição ou expresso pela cultura nas diferentes origens de formação do povo brasileiro e modos de vida.
Participantes: até 20 participantes dos mais variados cenários, entre eles pesquisadores da área da nutrição e do estudo das ciências, indígenas, povos de terreiro, comunidades africanas e descendentes europeus, representantes de agricultores e pescadores, da indústria de alimentos, entre outros.
Metodologia:
1) 1ª hora: Em uma grande roda, um bastão roda entre os participantes, quando cada participante estiver de posse dele emitirá em no máximo dois minutos o que representa para ele uma alimentação saudável.
2) 2ª hora: Os moderadores do grupo propõem a formação de 4 grupos por afinidade de ideias ali identificadas. Esses grupos terão uma hora para discutir a origem de seus conhecimentos e formular um conceito mais próximo do que lhes pareça ser verdadeiro para o grupo.
3) 3ª hora: Cada grupo terá 5 minutos para expor o trabalho executado e o moderador tentará junto com o grupo compor um texto que expresse o que foi consenso do grupo.
Impressões Ator-Rede - desafios para as ciências de dados, neurociências e saúde
Elaine Ribeiro Sigette, Ricardo Pires MesquitaResumo:
Proposição para Oficina
O objetivo desta oficina é reunir o material produzido nas áreas das ciências de dados, neurociências e saúde, principalmente o material produzido para o evento no "GT: Seguindo cientistas em ação - desafios metodológicos das ciências de dados e das neurociências em CTS." e organizá-lo na forma de livro digital. A oficina também pretende registrar em pequenos vídeos, as primeiras impressões dos participantes sobre as palestras, a metodologia, e o evento...respondendo a pergunta: como os estudos em CTS podem contribuir com o meu trabalho? Como o meu trabalho contribui para a Ciência e a Tecnologia no Brasil?
Oficina de Experimentação Corporal
Gabrielle Freitas ChavesResumo:
Proposição para Oficina
Propomos a criação de uma experimentação onde elaboraremos práticas que ativem a potência coletiva de produção de um conhecimento incorporado. Promoveremos uma prática na qual o afeto é tomado como uma forma de conhecimento. Seguiremos uma intervenção que se define como pactuação, uma negociação das intervenções com o grupo. A intervenção será tomada como um processo imanente que se faz a partir do encontro.
Nosso objetivo é criar dispositivos de intervenção que mobilizem e modifiquem o corpo, fazendo-o diferir, derivar, ampliando dessa forma, as possibilidades de conhecimento de si, do outro e do espaço. Estas variações do corpo são, para nós, ocasião de invenção de novos caminhos para a percepção.
Uma Oficina sobre Educação Ambiental a partir dos saberes e fazeres de uma rede sociotécnica da cerâmica
Fátima Teresa Braga Branquinho, Fátima Kzam Damaceno de Lacerda, Rejane Peres Neto CostaResumo:
Proposição para Oficina
Esta oficina tem como objetivo apresentar o vídeo "Saberes e fazeres de ceramistas fluminenses e pernambucanos" onde será possível observar a cerâmica como um híbrido de natureza e cultura que participa de redes sociotécnicas (Latour, 1994), produzindo conhecimento sobre a realidade. O vídeo foi elaborado no âmbito da pesquisa "Saberes e Fazeres de Ceramistas: um estudo sobre a indissociabilidade entre conhecimento, ambiente e arte" que é filiada à linha de estudo da antropologia da ciência e das técnicas. O estudo valida os princípios de simetria sobre o modo como são concebidas as noções de natureza e de sociedade no âmbito da teoria do ator-rede (Latour, 2012). De acordo com tal teoria, os atores - humanos e não-humanos - da rede formulam e praticam ações associadas à produção do conhecimento sobre uma dada realidade social e, desse modo, agenciam novos atores e a transformam. Desse ponto de vista, humanos e não-humanos participam da disputa por poder e afetividade, negociações e conflitos. Essa noção possibilita fazer etnografia de objetos - principal procedimento de pesquisa utilizado - já que, à luz da referida teoria, tais não-humanos dão sentido a processos vividos em sociedade. Podem, assim, ser estudados, compreendidos e explicados pelas ciências sociais.
Interessa ao estudo apresentado, um exame de como se relacionam ceramistas e profissionais das artes plásticas com a cerâmica tomada como objeto de estudo, produtor de conhecimento sobre a realidade tal e qual o ceramista o é. Desta forma, pretendemos discutir questões ambientais utilizando as categorias relacionadas aos saberes sobre a cerâmica e os modos de vida e trabalho que ela agencia nas localidades onde a pesquisa foi realizada. Ao longo da Oficina pretendemos apresentar uma proposta de Educação Ambiental que se aproprie deste conhecimento novo/coletivo, complexo, resultado do diálogo entre os saberes locais sobre a natureza e a saúde, e os saberes científicos. Acreditamos, desta forma, poder contribuir para a formação de um educador que almeje superar abismos dualistas tais como natureza/cultura, objeto/sujeito, conceito/contexto, fato/valor que se interpõem à realização de práticas educativas interdisciplinares, multiculturais, inclusivas e democráticas.
Proposta de Metodologia Para Implantação de Programas de Inovação e Tecnologias
Emerson Moisés LabesResumo:
Proposição para Oficina
Difundir e repassar uma proposta de metodologia para implantação de programas de inovação e tecnologias em organizações públicas ou privadas. A estrutura do modelo proposto consta de: instalação do programa, formação de um grupo gestor, diagnóstico da inovação e tecnologia no ambiente da organização, desenho do programa de I&T, sensibilização dos colaboradores, implantação do programa de I&T, gestão e avaliação da I&T. Buscou-se, com o modelo proposto, o desenho de um programa que possa adequar-se às diversas características das grandes, médias e pequenas empresas.