Estudo das Técnicas na Perspectiva das redes de atores

Marcia Oliveira Moraes

Publicado em: MORAES, Marcia Oliveira. Estudo das Técnicas na Perspectiva das Redes de Atores. Revista do Departamento de Psicologia da UFF, Niterói, v. 9, n. 2 e 3, p. 60-67, 1997.

Resumo: O objetivo deste artigo é discutir o sentido de técnica do ponto de vista da teoria de rede de atores, proposta por Bruno Latour. Partindo desse enfoque é possível retomar um ponto importante para a psicologia, a saber, as relações entre o sujeito cognoscente e a técnica. Na perspectiva das redes, isto é, numa ontologia de geometria variável a cognição deixa de ser o agente central de uma ação para ser um dos atores envolvidos numa rede dada. Cognição, portanto, distribuída, híbrida, efeito de conexões entre elementos díspares e heterogêneos.

Palavras-chave: técnica, teoria de rede de atores, cognição.

Título em inglês: The study of technics in actor network theory

Abstract: The aim of this essay is to discuss the signification of technics in the viewpoint of actor network theory. From this point of view it is possible to debate an important question to psychology: the relationship between the subject and the technic. In networks perspective what means an ontology of variable geometry, cognition is not the central agent of an action, but on the contrary, cognition is an actor in a network, Cognition distributed, hybrid, effect of the conexion between heterogeneous elements.

Key-words: techinic, actor network theory, cognition.

Os estudos contemporâneos sobre a técnica incidem num ponto relevante para a psicologia: aquele das relações entre o sujeito do conhecimento - a cognição - e a técnica. A questão levantada diz respeito a uma relação de co-produção, co-invenção entre técnica e cognição, o que significa dizer que o ponto de partida não é nem o pólo do sujeito nem aquele do objeto técnico. Ao contrário, a atenção incide sobre o modo como um dispositivo técnico reinventa o conhecer, da mesma maneira que este produz efeitos sobre os objetos técnicos. Numa palavra, esse enfoque consiste em lançar luz sobre a produção de subjetividade envolvida nos dispositivos técnicos. Produção de subjetividade implica um processo de gênese da subjetividade a partir de elementos díspares e heterogêneos. A subjetividade não se confunde com a noção de sujeito, eixo do pensamento moderno. Subjetividade remete a uma processualidade da qual fazem parte elementos díspares e, mais do que isto, ela é sempre um efeito de um processo heterogenético.

Kastrup[1] estabelece três maneiras de levantar o problema das relações entre técnica e sujeito. A primeira diz respeito a uma formulação da psicologia cognitiva no início do século, segundo a qual o objeto técnico é visto como uma espécie de prolongamento do corpo no comportamento de solução de problemas. É a teoria da projeção orgânica. A segunda teve início na década de 50 no campo da ciência cognitiva e consiste em investigar as relações de equivalência entre o sistema cognitivo humano e um objeto técnico em particular, o computador. Por fim, a terceira maneira de lidar com a questão das relações entre técnica e sujeito é aquela
que interroga a participação da técnica no processo de invenção do sujeito do conhecimento.

A investigação dos objetos técnicos no enfoque das redes pode ser situada na terceira maneira de levantar a questão das relações entre técnica e cognição. A ontologia em rede se apresenta como um solo de fundação para os estudos contemporâneos acerca dos dispositivos técnicos, já que afirmar a técnica como um componente do processo de subjetivação significa considerar o real como errância, como processo de transformação - essa é a proposta de Deleuze & Guattari para a filosofia e também é a proposta da teoria de rede de atores nos estudos sobre ciência e técnica.

A análise dos dispositivos técnicos no domínio das redes de atores não se situa no caso das análises sociológicas que abarcam o tema no sentido da “substituição do homem pela máquina”, nem no caso das análises filosóficas que estudam as técnicas do ponto de vista das relações de dominação do homem sobre a natureza[2]. A análise das técnicas no enfoque das redes de ação incide precisamente no ponto de articulação entre humanos e não-humanos. Os dispositivos técnicos são elementos constitutivos das redes de atores e, assim como a ciência, eles estão implicados num processo de fabricação da natureza e da sociedade, do objeto e do sujeito. O importante numa rede é acompanhar o modo como ocorrem as distribuições de atividade ontológica por todos os atores nela imbricados. Uma ontologia de geometria variável - ontologia em rede - acarreta, uma distribuição de agência por todos os seus elos constitutivos. Distribuição de historicidade, de ação, da
moralidade. Distribuição que não se faz a partir de um centro unificador, mas sim por meio de operações de tradução e desvio. A questão das técnicas está relacionada a uma delegação de competência aos atores de uma rede. Partindo de um exemplo simples, no caso de um quebra-molas instalado num campus universitário, é possível observar uma articulação intrincada entre, por um lado, o reitor, os interesses da universidade, os pais, os alunos e, por outro lado, o concreto, o asfalto, enfim, os materiais que compõem o quebra-molas. Nesse sentido, o dispositivo técnico está engatado numa rede heterogênea de aliados e num processo de delegação de nossa moralidade, isto é, no caso em foco, levar os motoristas a reduzirem a velocidade do carro no campus universitário. Latour explica esse ponto da seguinte maneira:

“De fato, muitos objetos técnicos de nossa vida cotidiana nos fazem fazer coisas que são morais aos olhos de um observador de fora, mas por intermédio de um dispositivo técnico. Temos a tendência a considerar esses objetos, que têm uma aparência muito simples [...] como simples transmissores de força, digamos, material. Pois bem, acontece que os engenheiros de pontes e calçadas, os prefeitos e os pais de alunos decidiram usar a intermediação desses objetos técnicos para obter, justamente, comportamentos convenientes. [...] [nós não somos] simplesmente dominados pelos objetos técnicos, mas também se pode fazer objetos técnicos que, como se diz muito justamente, ‘permitem’ fazer coisas. A moralidade de nossas sociedades deve muito a essas permissões e proibições.” (Latour, B. apud Scheps, R. 1996, p. 161, grifo meu).

Como elementos constitutivos das redes, os dispositivos técnicos estão engajados num processo de redefinição da sociedade e da natureza. Do ponto de vista das redes, não há como estabelecer uma distinção entre os objetos técnicos, de um lado, e o contexto social, de outro. Há um híbrido sócio-técnico que engendra o coletivo no qual vivemos, de modo que entender a técnica por meio de operações de delegação de competência, de moralidade, por meio ainda de operações de tradução e desvio levanta um problema político - político no sentido das redes de poder, porque um dispositivo técnico só existe na medida em que é sustentado por uma rede de atores. Nesse caso, está em questão o problema político da relação entre os diversos atores que compõem uma rede na qual ganha consistência um certo objeto técnico. É interessante Latour salientar que, quando um dispositivo qualquer falha, quando ele deixa de funcionar, a rede que o sustentava passa a ser visível. Os exemplos são muitos. Quando caiu um avião da TAM que fazia a ligação entre o Rio de Janeiro e São Paulo, apareceram o dono da TAM, as empresas de seguro, os familiares, a associação de moradores do bairro no qual o avião caiu, os engenheiros de aviação, enfim, o que se tornou visível foi o coletivo do qual fazia parte esse dispositivo técnico. Latour assegura que “a técnica nunca é bem considerada, porque precisamente é a pane que revela o seu aspecto labiríntico... O labirinto é, aliás, desde Dédalo, o símbolo desses caminhos que não são retos, mas que podem desviar a qualquer momento e fazer com que nos percamos. A pane num objeto técnico confere visibilidade não a um sujeito ou a qualquer centro unificador do qual emanaria a razão, o poder ou as decisões. Nesse caso, o que se torna visível é a rede de ação, o coletivo sócio-técnico que compõe o tecido do mundo onde vivemos. A falha de um dispositivo técnico confere visibilidade à errância que lhe é constitutiva: errância das alianças performativas que compõem uma rede de atores; assim se percebe que um dispositivo técnico existe na medida de suas conexões, de seus agenciamentos. Nas redes, os objetos técnicos se constituem por desvios, deslocamentos, “daedalion”, labirinto. No enfoque das redes, a técnica não tem por função garantir um caminho reto na transmissão dos conhecimentos. Técnica não implica reprodução, difusão, repetição de elementos-chave. Ao contrário, ela faz valer operações de deslocamentos e desvios. Latour situa o problema dos dispositivos técnicos a partir de uma leitura do mito de Dédalo.

Após a fuga de Dédalo do labirinto, Minos tentou capturá-lo. Mas por meio de uma série de subterfúgios e desvios, Dédalo saiu vitorioso: “ele conseguiu desviar a água quente dos canos que tinha instalado no palácio para que ela caísse, como por acidente, na banheira da Minos ( o rei morreu cozido como um ovo)”[3]. Daedalion significa, no enfoque latouriano, algo que se afasta do caminho principal. Na mitologia, conforme indica Latour, a técnica é representada por meio de um desvio, de um saber-fazer, mètis. Em sua leitura do mito, o autor afirma que “Dédalo é um inventor de engenhocas” e, considerado como sinônimo de desvio, “Dédalo é nosso melhor epônimo para técnica”[4].

O que constitui um dispositivo técnico é o seu aspecto labiríntico, mas é relevante esclarecer que tipo de labirinto está em questão. Umberto Eco[5] apresenta três tipos de labirinto. Um é o grego, o de Teseu, que não permite a ninguém se perder - da entrada para o centro e do centro para a saída. No centro do labirinto está o Minotauro e o sabor da história, o seu terror, decorre justamente de não se saber
aonde chegará e o que fará o Minotauro.

Existe ainda o labirinto maneirista. Formado por uma estrutura em forma de árvore, com muitos becos sem saída, como se fossem raízes, nele há uma única saída, sendo necessário um fio, fio de Ariadne, para servir de guia àquele que percorre esse labirinto. É um modelo de ensaio e erro.

Por fim, Eco aponta que “existe a rede, ou seja, aquilo que Deleuze & Guattari chamam de rizoma”[6]. E ele prossegue “o rizoma é feito de modo que cada caminho possa ligar-se com qualquer outro. Não tem centro, não tem periferia, não tem saída, porque é potencialmente infinito”[7]. Por certo, o labirinto ao qual Latour se refere para tratar dos dispositivos técnicos é o labirinto rizomático. Resta entender a pertinência desse enfoque sobre as técnicas no que diz respeito à psicologia e aos estudos dos processos cognitivos. O fio condutor que nos conduz a esse entendimento é o conceito de mediação.

Os estudos sobre a técnica na perspectiva das redes questiona uma idéia geral de que a sociedade poderia ser constituída apenas por relações humanas enquanto as técnicas seriam formadas apenas por relações não-humanas. Do mesmo modo que as relações entre ciência e sociedade são redimensionadas pelos estudos contemporâneos acerca do conteúdo da ciências, as pesquisas sobre a técnica começam a ganhar uma direção inteiramente nova. Num caso, como no outro, o que importa é repensar a própria noção de sociedade a partir dos fatos e artefatos que compõem nossos laços sociais em vez de mostrar que as relações sociais invadem a
certeza das ciências ou a eficiência das máquinas. O que aparece no centro não é uma mistura de sociedade e tecnologia - “um pedacinho de eficiência e um pedacinho de sociologização, mas um objeto sui generis: a coisa coletiva...”[8]

O que significa afirmar uma mediação no domínio das técnicas? Significa, de saída, uma tomada de posição que simultaneamente é ontológica e filosófica, isto é, significa situar as técnicas num mundo constituído ontologicamente por redes de ação. Partindo desse enfoque filosófico, Latour apresenta quatro sentidos que o termo mediação assume no domínio dos estudos sobre os dispositivos técnicos.

O primeiro sentido do termo mediação assinala que “a responsabilidade de uma ação deve ser compartilhada entre vários actantes”[9], ou seja, o motor de uma ação depende da mediação de todos os atores mobilizados. Para esclarecer o sentido dessa afirmativa, basta acompanharmos uma das muitas pesquisas de Latour sobre dispositivos técnicos os mais diversos, como uma chave, um abridor de portas, um cinto de segurança. Acompanhemos a sua breve análise de um tipo específico de dispositivo técnico: um suporte de aço que mantém fixas no banco traseiro do carro crianças com idade entre dois e cinco anos grandes demais para utilizar as cadeirinhas tradicionais e pequenas demais para usar o cinto de segurança. Ao analisar esse objeto técnico, Latour assevera que há um conjunto de recomendações e preocupações com a segurança das crianças nas estradas delegadas, deslocadas para um dispositivo composto de uma barra de aço dotada de juntas fortes conectando os descansos da cabeça[10]. Conforme dito acima, o processo de delegação é fundamental
para a compreensão dos dispositivos técnicos. Um dispositivo técnico acarreta, portanto, uma série de práticas distribuídas e fortemente articuladas: distribuídas porque no caso em foco, há uma série de ações que são distribuídas pelos atores - o fabricante do produto, as normas de segurança nas estradas, a imposição dos pais para seus filhos permanecerem sentados e seguros -; articuladas porque é o conjunto de tais práticas o que define e sustenta um dispositivo técnico. Disso se conclui que, num objeto técnico, o motor da ação é o conjunto dessas práticas articuladas, ou o que Latour chama de programas de ação. A mediação tem aqui o sentido de articulação de uma série de ações em função dos atores mobilizados.

Num segundo sentido do termo, Latour assegura que “a ação não é simplesmente uma propriedade de humanos mas de uma associação de actantes”[11] tão díspares quanto podem ser um suporte de aço e a preocupação de um pai com a segurança do seu filho. A dinâmica de um objeto técnico diz respeito a um processo de deslocamento de agência para outros materiais. Esse deslocamento se faz numa dupla dimensão: uma sintagmática, isto é, a dimensão e, que nos permite observar quantos elementos estão amarrados; a outra, a dimensão paradigmática, dimensão ou, que nos mostra quantas traduções foram empregadas para amarrar juntos elementos díspares[12]. A partir do exemplo citado, Latour indica que “uma barra de aço agora assumiu minha competência no que se refere a manter meu filho tão distante quanto o comprimento de um braço possa alcançar. De discurso, palavras e corpo, ela se tornou aço, silêncio e extra-somática”[13].

O terceiro sentido de técnica[14] engendra uma redefinição filosófica, porque o entendimento dos objetos técnicos a partir de uma ontologia de geometria variável implica, conforme dito, uma tomada de posição filosófica, isto é, para tanto, faz-se necessária uma filosofia que possa prescindir das essências em favor de um domínio de ação móvel e instável.

Por fim, o último sentido do termo mediação indica que lidar com os objetos técnicos a partir da rede de ação que os sustenta não pressupõe situá-las em um domínio discursivo, pois “as técnicas modificam a matéria de nossa expressão, não apenas sua forma”[15]. Um dispositivo técnico requer deslocamentos de ação, de objetivos e funções, bem como deslocamentos como Latour indica da nossa moralidade, dos nossos valores e obrigações. Mas além disso, há um deslocamento na própria matéria de expressão. No caso simples de um quebra-molas, o programa de ação “fazer os motoristas reduzirem a velocidade” é inscrito no concreto. Essa inscrição, vale notar, não remete a um agente humano que imporia uma forma a uma matéria bruta. Porque os não-humanos também agem, substituem objetivos e contribuem para sua redefinição. Uma rede não se confunde com um universo lingüístico, trata-se de um campo pragmático, um domínio de ação. No caso do quebra-molas, não se trata de um significado, que é traduzido ou substituído por outro, mas sim, de uma série de ações: a redução da velocidade, a vigilância da lei da velocidade. Um dispositivo técnico produz um deslocamento simultaneamente espacial e temporal. Espacial porque os deslocamentos técnicos exigem uma dinâmica de presença e ausência no espaço; as transformações nas matérias de expressão, de avisos e recomendações para um pedaço de aço ou de concreto, impõem a presença no espaço de um dispositivo que regula nossas ações, que nos obriga a determinados desvios. Além disso, há um deslocamento temporal, porque o mais simples dispositivo técnico torna ativos e presentes uma série de atores distantes, tanto no tempo quanto no espaço. “Uma mudança temporal profunda toma lugar quando se recorre a não-humanos, o tempo é vergado[16].

Os estudos sobre a técnica na perspectiva das redes não se encaixa nem num materialismo nem num antropomorfismo. Não é um materialismo porque os artefatos técnicos não se resumem à eficiência da matéria que impõem suas cadeias causais aos humanos. Os artefatos técnicos são híbridos: é certo que um quebra-molas é constituído de cimento, concreto, asfalto, mas ele é também marcado por legislações de redução de velocidade, reitores, alunos, em suma, ele é ao mesmo tempo técnico, material e social; trata-se de um dispositivo sócio-técnico. Fazer essa afirmativa não conduz a um antropomorfismo já que “a ação resoluta e a intencionalidade podem não ser propriedades dos objetos, mas também não são propriedades dos humanos. Elas são as propriedades das instituições, dos dispositivos.”[17] São propriedades dos atores da rede, sejam eles humanos, sejam não-humanos. Disso se conclui que, no enfoque da teoria de rede de atores, as técnicas atuam produzindo assimetrias, vergando o tempo, modificando o espaço, redefinindo sujeito e objeto, deslocando o agente de uma ação, enfim, elas atuam mudando as formas. Por esse motivo, elas estão referidas a uma ontologia de geometria variável, as suas panes apontam para o solo errante que constitui o real. Nesse sentido, as técnicas não são avaliadas apenas por acrescentarem eficiência e habilidade a qualquer função humana. Elas não são simples intermediários, isto é, dispositivos que funcionam como elos de conexão entre o homem e o mundo mas que estão alheios a qualquer processo de transformação. Os dispositivos técnicos são mediadores porque comportam um processo de transformação do real, porque estão articulados na redefinição dos laços sociais e de nossas ações. As delegações técnicas implicam uma redefinição de valores, da moral e, certamente, da cognição. Longe de ser um atributo de um sujeito, a cognição passa a ser um efeito do enlace entre humanos e não-humanos. É nesse ponto que a cognição pode ser reinventada. A teoria de rede de atores confere visibilidade a uma mudança que se opera na cognição e na ciência que pode investigá-la. O estudo dos dispositivos técnicos na perspectiva das redes implica uma filosofia da diferença que afirme o real como multiplicidade, como rizoma, como diferença. Técnica e cognição são efeitos produzidos a partir de conexões ou agenciamentos que articulam elementos díspares e heterogêneos. Por esse caminho a teoria de rede de atores abre um campo de investigação para a psicologia dos processos cognitivos: um domínio de produção da cognição, uma cognição híbrida, efeito de agenciamentos entre humanos e não-humanos. Uma cognição que não se reduz a um atributo do sujeito do conhecimento, mas que se engendra a partir de conexões contingentes entre elementos tão díspares quanto o reitor de uma universidade, a segurança dos alunos, as leis do trânsito, o concreto e o cimento: cognição em rede.


Bibliografia:

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___________. O que é a Filosofia? Rio de Janeiro, Ed. 34, 1992.

Deleuze, G. Conversações. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1992.

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Deleuze, G. As Dobras ou o Lado de Dentro do Pensamento (Subjetivação). In: ______ Foucault. São Paulo, Ed. Brasiliense, 1988-b.

Eco, H. Pós-Escrito a O Nome da Rosa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1985.

Guattari, F. Caosmose. Um Novo Paradigma Estético. Rio de Janeiro, Ed. 34, 1992.

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Santos, L. G. Domínio Ilimitado da Natureza. Jornal Folha de São Paulo, Mais!, p.13, 19 de outubro de 1997.

Scheps, R. Do Humano nas Técnicas. Entrevista com B. Latour. In: _______ (org.) O Império das Técnicas. Campinas, Papirus, pp. 155-166, 1996.



[1] Cf. Kastrup, V. 1996.

[2] Para um mapeamento desses diferentes enfoques cf. Santos, L.G. 1997.

[3] Latour, B. 1994, p. 29.

[4] Latour, B. 1994, p. 29-30.

[5] Cf. Eco, H. 1985.

[6] Eco, H. 1985, p.46-7.

[7] Eco, H. op. cit.

[8] Latour, B. 1992, p.258.

[9] Latour, B. 1994, p. 34.

[10] Cf. Latour, B. 1992, p 249.

[11] Latour, B. 1994, p. 35.

[12] Cf. Latour, B. 1992, p 250.

[13] Latour, B. op. cit., p. 251.

[14] Cf. Latour, B. 1994, p.36.

[15] Latour, B. op. cit., p.38.

[16] Latour, B. 1992, p.231, grifo meu.

[17] Latour, B. 1994, p. 46.